Depois de encher o tanque, todo mundo ter comido aquela comida nojenta, fizemos compras para Jennifer, e eu comprei muitas roupas fofas para ela. Voltamos para o carro. Dessa vez, Kurt foi dirigindo, enquanto Ryan Jennifer e Sam foram dormindo no banco de trás, e eu me sentei no da frente.
Reparei que todo aquele silêncio poderia ser diferente: eles têm aparelho de som no carro. Como eu sou desatenta!
- Pode ligar o som? – perguntei para Kurt.
Ele ligou o rádio. Começou a tocar uma música Gun’s. “...I used to love her... But I have to killed her...”. Assustada eu desliguei o som.
- Deixa para lá. – disse envergonhada. Aquilo era a minha história com uma mudança de gênero.- Não... Aquela música era legal. – ele ligou o rádio. “…I had to put her, six feet under…”. Eu desliguei logo rapidamente, mas ele o religou logo em seguida “.. and I can still hear her comp...”, eu desliguei. Aquilo já estava me assustando. Ele, teimoso ligou de novo.- Qual é seu problema?! – ele reclamou . “…I knew I'd miss her, so I had to…”. Eu ejetei a frente removível do som do carro e joguei em cima da tampa do porta malas, por cima das cabeças de Ryan, Sam e Jennifer, atrás de nós. Finalmente silêncio, sem perturbações.- Chega de música! – eu falei alto.- Você é estranha, Midori. – ele reclamou.- E você nem sabe o resto... - Você vai ter tempo para me contar, não se preocupe. - Como assim?- Vamos chegar tarde hoje na próxima parada porque a próxima parada é muito perto, então chegamos a Denver – ele olhou para o relógio, eram 16:12 – lá pras oito. Ótimo. Simplesmente ótimo. A estrada não estava cheia, o que me preocupa. Pois não é muito normal uma estrada, principalmente a rodovia 15, não estar movimentada. Notei que uma grande nuvem cobriu o céu, tampando aquele sol infernal, pelo menos. De repente o carro começou a balançar. Eu me segurei na porta. Kurt encostou o carro. Ele saiu e voltou bravo, batendo a porta.- Estourou o pneu de trás. - Tem step?- Tem, mas o Ryan vai me matar. Melhor trocar rápido. - Quer que eu troque? – eu já troquei mais pneu que mecânico, acredite.- Você? – ele deu uma risada – Não. Vai estragar a unha. Ok agora me ofendi. Tirei a chave do câmbio mais rápido que ele, sai e tranquei a porta. Andei até o porta-malas e destranquei. Kurt pedia irritantemente para que eu voltasse para dentro do carro. Eu tirei as minhas malas e abri o compartimento do step. Eu, como vampira sou mais forte que um humano, por isso não assuste. Eu me agachei em frente ao pneu. Eu olhei de um lado e do outro da estrada. Não havia ninguém a não ser areia e pedras. Com a audição aguçada não ouvi ninguém vindo. Levantei com as mãos, o carro para que o pneu saísse do chão e apoiei no joelho dobrado. Desrosquiei os parafusos com as mãos e troquei o pneu. Guardei tudo e entrei no carro. - Viu? Não quebrei a unha e nem manchei o meu vestido.- Mas... Eles acordaram. Notei que os três me olhavam como se eu fosse de outro mundo.- Que foi? Nunca viu, não?- Não! – os três responderam. Aquele balanço que Midori fez quando trocou o pneu do carro, me acordou. Logo depois de termos voltado a viagem, meu olhos ainda estavam pesados de sono. Mas por algum motivo ( talvez seja por que Kurt e Ryan não calaram a boca ainda sobre o pneu) não consigo dormir. Me virei para a janela e vi aquele sol batendo na areia que voava com o vento. Me lembrou do único verão que realmente posso chamar de, feliz. Num mustang branco, conversível, em couro vermelho, rodas 18 polegadas, peças originais, rodei as mais maravilhosas milhas ao lado de Susan, minha namorada. A mesma que morreu, transformada em vampira e logo depois, decaptada com as próprias mãos de alguém que chamo de demônio, pois só um poderia fazer mal ao meu anjo. O vento quente do verão bagunçava os longos louros cachos de Susan.- Eu amo essa música! – ela aumentou o som – Sweet home Alabama! Ela parecia criança quando sorria. Ela balançava os braços no alto e dançava no lugar, cantando alto, era uma figura engraçada. Só ela me fazia rir desse jeito. E acho que nunca mais vou rir assim.- Cante também, Sam!- Eu não gosto de cantar., Susan...- ela cantava com uma vivacidade, que tinha medo de estragar com a minha timidez. De dia criança, de noite criança, no piano, mulher. Ela era uma pianista maravilhosa, intocável com sua áurea, com sua graça. Bem me lembro que em suas cartas (já que sou San Francisco e ela, de Nova York), ao invés de escrever um simples no final, seguia a frase você é o meu fá. Claro, que na época eu não entendia, mas agora posso compreender. Um piano sem a nota fá, é completamente inútil.Agora, meu lindo louro piano se foi e o que sobrou? Uma lamentável nota sozinha, tocando, fa...
Reparei que todo aquele silêncio poderia ser diferente: eles têm aparelho de som no carro. Como eu sou desatenta!
- Pode ligar o som? – perguntei para Kurt.
Ele ligou o rádio. Começou a tocar uma música Gun’s. “...I used to love her... But I have to killed her...”. Assustada eu desliguei o som.
- Deixa para lá. – disse envergonhada. Aquilo era a minha história com uma mudança de gênero.- Não... Aquela música era legal. – ele ligou o rádio. “…I had to put her, six feet under…”. Eu desliguei logo rapidamente, mas ele o religou logo em seguida “.. and I can still hear her comp...”, eu desliguei. Aquilo já estava me assustando. Ele, teimoso ligou de novo.- Qual é seu problema?! – ele reclamou . “…I knew I'd miss her, so I had to…”. Eu ejetei a frente removível do som do carro e joguei em cima da tampa do porta malas, por cima das cabeças de Ryan, Sam e Jennifer, atrás de nós. Finalmente silêncio, sem perturbações.- Chega de música! – eu falei alto.- Você é estranha, Midori. – ele reclamou.- E você nem sabe o resto... - Você vai ter tempo para me contar, não se preocupe. - Como assim?- Vamos chegar tarde hoje na próxima parada porque a próxima parada é muito perto, então chegamos a Denver – ele olhou para o relógio, eram 16:12 – lá pras oito. Ótimo. Simplesmente ótimo. A estrada não estava cheia, o que me preocupa. Pois não é muito normal uma estrada, principalmente a rodovia 15, não estar movimentada. Notei que uma grande nuvem cobriu o céu, tampando aquele sol infernal, pelo menos. De repente o carro começou a balançar. Eu me segurei na porta. Kurt encostou o carro. Ele saiu e voltou bravo, batendo a porta.- Estourou o pneu de trás. - Tem step?- Tem, mas o Ryan vai me matar. Melhor trocar rápido. - Quer que eu troque? – eu já troquei mais pneu que mecânico, acredite.- Você? – ele deu uma risada – Não. Vai estragar a unha. Ok agora me ofendi. Tirei a chave do câmbio mais rápido que ele, sai e tranquei a porta. Andei até o porta-malas e destranquei. Kurt pedia irritantemente para que eu voltasse para dentro do carro. Eu tirei as minhas malas e abri o compartimento do step. Eu, como vampira sou mais forte que um humano, por isso não assuste. Eu me agachei em frente ao pneu. Eu olhei de um lado e do outro da estrada. Não havia ninguém a não ser areia e pedras. Com a audição aguçada não ouvi ninguém vindo. Levantei com as mãos, o carro para que o pneu saísse do chão e apoiei no joelho dobrado. Desrosquiei os parafusos com as mãos e troquei o pneu. Guardei tudo e entrei no carro. - Viu? Não quebrei a unha e nem manchei o meu vestido.- Mas... Eles acordaram. Notei que os três me olhavam como se eu fosse de outro mundo.- Que foi? Nunca viu, não?- Não! – os três responderam. Aquele balanço que Midori fez quando trocou o pneu do carro, me acordou. Logo depois de termos voltado a viagem, meu olhos ainda estavam pesados de sono. Mas por algum motivo ( talvez seja por que Kurt e Ryan não calaram a boca ainda sobre o pneu) não consigo dormir. Me virei para a janela e vi aquele sol batendo na areia que voava com o vento. Me lembrou do único verão que realmente posso chamar de, feliz. Num mustang branco, conversível, em couro vermelho, rodas 18 polegadas, peças originais, rodei as mais maravilhosas milhas ao lado de Susan, minha namorada. A mesma que morreu, transformada em vampira e logo depois, decaptada com as próprias mãos de alguém que chamo de demônio, pois só um poderia fazer mal ao meu anjo. O vento quente do verão bagunçava os longos louros cachos de Susan.- Eu amo essa música! – ela aumentou o som – Sweet home Alabama! Ela parecia criança quando sorria. Ela balançava os braços no alto e dançava no lugar, cantando alto, era uma figura engraçada. Só ela me fazia rir desse jeito. E acho que nunca mais vou rir assim.- Cante também, Sam!- Eu não gosto de cantar., Susan...- ela cantava com uma vivacidade, que tinha medo de estragar com a minha timidez. De dia criança, de noite criança, no piano, mulher. Ela era uma pianista maravilhosa, intocável com sua áurea, com sua graça. Bem me lembro que em suas cartas (já que sou San Francisco e ela, de Nova York), ao invés de escrever um simples no final, seguia a frase você é o meu fá. Claro, que na época eu não entendia, mas agora posso compreender. Um piano sem a nota fá, é completamente inútil.Agora, meu lindo louro piano se foi e o que sobrou? Uma lamentável nota sozinha, tocando, fa...

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