domingo, 25 de janeiro de 2009

Capitulo 9

- Krassen era... O pai dele? – eu perguntei pasma.
- Era. Quer dizer, é... – ela estava sentada ao meu lado na cama.
Veio o meu casamento na mente. Quando entrei na igreja, olhando para mim na primeira fileira, estavam na respectivamente ordem Duas ex-namoradas dele, Kristen e Anna, lindas com seus vestidos vermelhos com branco, os amigos de Mitch que eu conhecia faz tempo pois eles sempre estavam na casa dele, e o suposto pai, que não era Krassen, pois ele tinha cabelos grisalhos com um rosto diferente, mais sério. Ele nunca sorriu. Nem uma vez sequer. Ele sempre usava luvas de couro, mas nunca me perguntei o porquê. Eu sempre o vi, e o conheci como pai de Mitch. Eu acordei como um estalo.
- Mas então quem era aquele no meu casamento!? – eu indaguei.
- Bom... Você casou antes mesmo que eu nascesse, então fica difícil de ajudar.Como ele era?
- Moreno e bem alto, uns 45 anos, cabelos grisalhos sempre usa roupas finas e usa luvas de couro pretas nas mãos, com algum tipo de símbolo, já foi DK... SK ou UK... Mas nunca me interessei.
- Você disse luvas?Sempre de luvas?Com letras onde? No dorso?! – Ela se entusiasmou.
- Era, o K era a segunda letra. A outra eu não me lembro...
- Minha nossa... – ela disse pálida. Pensou alguns instantes, mas logo retornou – Ok, deixe- me te explicar. Meu irmão foi mordido por uma vampira, e ele fugiu da família, amigos e trabalho em um suicídio encenado, e ele só mantém contato comigo em segredo, por que afinal, ele vai viver pra sempre. Em uma época que ele ficou muito triste por que sentia muitas saudades, e me pediu desesperadamente por uma cura. Eu me converti em bruxa para salvar meu irmão da eternidade, e depois para descobrir que não há nenhum tipo de cura. – ela suspirou – ele conseguiu muitas coisas quando era vampiro. Ficou rico, se mudou para a Europa com o seu novo ‘‘trabalho’’, - ela fez as aspas com as mãos – messes sem contato até que uma noite ele me ligou e me contou sobre seu novo trabalho. Ele agora era a mão direita de Genus Krassen, o Imperador, um grande traidor vampiro como outras me falaram. Ele fundou a sede Drei Kronen, que é a última esperança para os vampiros que estão morrendo dia após dia, com caçadores e outros inimigos como demônios, bruxas e principalmente lobisomens. Para proteger a espécie, essa nova aliança nasceu e se tornou uma potência, pois seus donos, a família Krassen, originalmente das regiões da França, norte da Itália e Áustria. Eles são riquíssimos, e somam suas riquezas e poder desde o século IX. Outras alianças nasceram depois, como a Sirus Kingston, fundada pelo irmão de Genus, Sirus, que controla o comércio entre os vampiros, e a Kermesse Union, fundada por Louis XVIII da França, que é um banco mundial.
- Jura? Por que eu não sei disso? – eu perguntei. Caramba, eu sou muito desinformada!
- Continuando, Sirus e Genus brigaram há uns dois séculos atrás, pois Genus queria ampliar a Drei Kronen para lobisomens, demônios, deuses e etc., mas estes teriam pagar. Sirus e Louis protestaram, por que a Drei Kronen era uma relíquia internacional. Louis disse que se Genus ampliasse, muitas brigas ocorreriam nas mansões, principalmente com lobisomens que já declaram guerra aos vampiros inúmeras vezes.
- Por que? – eu perrguntei- e da onde surgiu esse tal de Louis?
- Comida. – ela respondeu – Ele se casou com a filha de Sirus, Anne. Ela era vampira e prima de Mitch. Quando Sirus e Genus quebram laços definitivamente, Mitch já era vampiro. Sirus e Mitch eram muito apegados e acho que em algumas épocas do ano, eles moravam juntos, Sirus Suzie, esposa de Sirus, Anne e Mitch e Fiona, irmã mais nova de Anne.
- E o que eu tenho a ver com isso? – hellooooou! Aqui a história é minha!
- Calma, estou chegando lá. Meu irmão foi adotado por Genus para ser o herdeiro do Drei Kronen, e isso causou um grande impasse para Mitch com o pai. Eu sempre falei para o meu irmão que isso era um joguinho de ciúmes entre Genus e Mitch. Um dia o Mitch morreu como você sabe, e Sirus, desesperado, recorreu as bruxas. Meu irmão me contou tudo há alguns messes atrás, quando descobriu que quem ia herdar a Drei Kronen era ele.
- Espera um pouco, você disse que quem pediu para reviver Mitch era o pai dele, não o tio.
- Quem pediu foi Sirus, e ele disse que era o “pai” - ela fez as aspas com as mãos – dele, na época acreditamos, depois descobrimos a história pelo meu irmão. Mas ele foi morto há alguns messes, justamente quando estava montando uma nova família de vampiros, e estou atrás da família Krassen justamente por isso.
- Quem você disse que era seu irmão mesmo?
- Não disse. Meu irmão se chamava Dixon, Dixon McHarper.
Meu coração pulou. Era meu amigo, Dixon! Que foi morto por Gordon!
- Meu Deus! Ele era meu amigo!
- Era?! – ela perguntou confusa.
- Sim! Eu o conheci há uns 6 anos atrás. Mas... Ele foi morto por Gordon McBean, um caçador.
- Como assim? Ele... – ela murmurou pálida – então tudo, absolutamente tudo que eu fiz por ele era besteira? Foi por absolutamente por nada?! – ela começou a chorar.
Eu a abracei. Era melhor eu não a ter corrigido. De repente ela disse:
- Não pode ter sido por humano, não. Eu fiz um feitiço contra isso. Apenas não humanos poderiam ter feito, eu tenho certeza, Midori. Tenho sim.
- Então faça o seguinte – olha a besteira que eu vou falar – venha conosco para Atlantic City e descubra.
De repente a porta do quarto se abre bruscamente, e assustados caem Sam, Ryan e Kurt no chão. A cena era óbvia, eles tinham escutado tudo por de trás da porta (ninguém merece!). Se levantando meio envergonhados, Ryan diz;
- Será que posso falar com você um pouquinho?
- Pode – eu me levantei, e junto com os três, saio do quarto.
- O que deu em vocês!? – eu exclamei – Escutar a conversa por de trás da porta é uma coisa muito infantil! Nunca ouviram falar em privacidade?!
- A pergunta aqui é outra! O que deu em você!? Chamá-la para vir conosco para Atlantic City?! – Sam reclamou. Ele fica muito fofo quando bravo. Ele parece modelo de certos ângulos... De todos os ângulos, na verdade.
- Se vocês ouviram a conversa toda, vocês sabem que ela tem que vir! – nenhuma resposta foi dada – Viu? E afinal, qual é problema? Eu pago tudo para ela. É o mínimo que eu possa fazer, por que afinal ela me explicou muito da minha história.
- Reunião de família! – exclamou Ryan. Os três viraram as costas e foram até o carro, a uns 50 metros do meu quarto, no meio do pátio, onde é o estacionamento. Eles voltaram dois minutos depois.
- Muito bem, ela pode ir. – disse Sam, sorrindo.
- Agora dêem – me licença, por que eu pretendo tomar banho, e agradeceria se vocês não ficassem atrás da porta. – eu entrei no quarto. Jennifer estava ainda sentada na cama, com os olhos fixos no chão.
- Eu vou tomar banho, e acho que você precisa também. Você trouxe alguma coisa?Qualquer coisa?
- Não. – ela disse – Nadinha.
Eu suspirei.
- Vamos comprar algumas coisas na farmácia para você, como escova de dente, fio dental e etc. As roupas nós compramos amanhã de manhã. – eu abri a porta – Vamos?
- Claro... -Ela se levantou meio envergonhada.
Para não ter perseguidores, melhor avisar os meninos. Eu fui até o quarto 91, o deles, e bati na porta.
- Nós vamos comprar algumas coisas para ela está bem?
Kurt abriu a porta, e saiu.
- Ah é?!Tipo o que? – ele perguntou, cruzando os braços.
- Tipo... Escova e pasta de dentes, escova de cabelos, xampu, absorventes...
- Está bem! – ele exclamou. Logo ele fechou a porta.
Nós andamos 100 metros e já achamos o centro. Só a farmácia estava aberta, mas também não poderia culpar ninguém, já passava da meia noite. Compramos um anti-alérgico, comprimidos para cólica, escova de cabelo, pente, escova e pasta de dentes, fio dental, dois esmaltes, um hidratante de cabelo, e outro de pele, remédio para machucado, band-aid, absorventes para emergência,elásticos de cabelo, xampu, condicionador, sabonete, um kit básico de maquiagem e removedor de esmalte e de maquiagem.
- Você tem certeza que preciso de tudo isso? – ela perguntou.
- Tenho. – ela não usava nada, e estava toda ralada (ao contrário de mim, que como vampira meus machucados cicatrizam em minutos), por causa da nossa aventura perto do rio.
Jennifer voltou para o quarto, enquanto eu ia para a recepção e alugava mais um colchão, com aquela simpática recepcionista. Entrei no quarto, tomei um banho bem gelado, me arrumei para dormir e comi bastante, e me deitei debaixo das cobertas. Jennifer arrumou a cama dela, depois tomou banho, e deu um jeito nos machucados.
- Tem certeza que não está com fome? – ela não tinha comido nada.
- Tenho sim. Estou até meio enjoada. – ela estava colocando band-aids nos ralados das pernas, sentada no colchão ao lado da minha cama. – Sabe, ser vampiro deve ser muito mais legal que ser bruxa, por que bruxas morrem, e bruxas não tem machucados curados instantaneamente, e se eu fosse vampira acho que até teria salvado meu irmão. Não acha?... Midori? Hm, dormiu. – ela se virou e apagou a luz do abajur que estava acesa, deitou e dormiu.

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