sábado, 24 de janeiro de 2009

Capitulo 3

- Como… Assim? – eu disse bem baixinho, quase para mim mesma, pois a minha voz quase não saia.
- Ele voltou e está te procurando. E pagou para cada um de nós, 15 mil em cash, para te levar até ele.
- Como assim? Isso é impossível! Vocês falaram com ele pessoalmente?
- Sim, mas por que isso é impossí... – não deixei o Ryan terminar.
- Alto, olhos verdes, cabelo castanho, com calça jeans, camiseta branca, e tudo mais?!
- É ele mesmo! Mas por que é impossível? – Perguntou curioso Sam.
- É...!Porquê? – Ryan é uma criatura insensível mesmo. – o cara é gente fina. Sinistro também.
- Há 67 anos, eu o matei. - eles arregalaram os olhos. Mas não se assustaram tanto como eu esperava
- O cara não morreu Midori. – disse Sam em um tom consolador.
- Como é que é?!
- Você o viu morto?
- Bom... Para falar a verdade, não. – como eu sou idiota, não?
- Então ele não morreu! – disse Ryan, insinuando que eu não tinha conseguido matar o Mitch. - E você está exagerando um pouco no tempo, né? 67 anos?!
Pela cara de Sam, ele queria falar mais alguma coisa. Pensei de novo no assunto do caipira, e deixei de lado.
Como? Como ele voltou? Ele morreu com a garganta cortada e queimado na igreja! Ele só poderia ter voltado? Apenas se... Não, isso seria mais doido ainda!
- Estou falando a verdade!O que eu faço?Fujo?Nova York e Atlantic city ficam muito perto, se que bem que Los Angeles não é uma má idéia... -Tinha que ir embora AGORA! - mas como ele voltou?! E como vocês descobriram? Quer dizer, viram um vampiro, pegaram o recado, e não mataram ele?!Que tipo de caçadores são vocês?!
- A nossa especialidade não é vampiros... São demônios, monstros, bestas, maldições, fantasmas e etc... – disse Sam.
- E outra, não o matamos, por que ele não era vampiro, ele era humano – disse Kurt.
- Pára tudo! Você disse que ele não era mais vampiro?! – eu gritei.
- Disse. – respondeu Kurt.
- Vocês precisam me contar essa história direito. – Kurt começou a contar.
- No antro do Dixon estava morando um cara, e ele nos pagou 15 mil pra cada um, em cash, e disse para te achar e te trazer até ele. – disse Kurt, fez uma pausa, mas logo continuou – Mas é claro que nós não mencionamos que já tinha te achado. Então por vingança, resolvemos te levar até lá.
- Mas ele vai me matar!
- E eu ligo?! – disse Ryan mostrando a seringa.
- Espere! Quantos anos ele parecia ter?
- Uns 30...
Essa era a exata idade que Mich tinha quando eu o matei!Ele ainda é vampiro!
- Ele ainda é vampiro! – eu exclamei – ele tinha 30 anos quando eu o matei. Na verdade ele deve ter hoje...Uns 376 anos!
- Não é não! Ele apareceu no espelho e não fugiu do alho... Então ta mais do que provado que esse cara aí é só mais um ex – namorado rico que tá atrás de você.
- Vocês assistem filmes demais! Alho não tem efeito nenhum, pois a gente não come comida normal. E todos os vampiros aparecem em espelhos, ou como vocês acham que eu arrumo o cabelo?! E... E estacas só nos paralisam!Vocês precisam acreditar em mim!
- Bom saber! – disse Kurt.
- Diga para ele que se ele quiser me achar, ele que procure!Joe nunca vai deixar aquele desgraçado por as mãos em mim!
- Oh moça, a gente não é garoto de recado, a gente é garoto de entrega.
Joey acorda. E como sempre reclamando.
- Cara, isso dói... - ele se levanta. É agora que o Joe vai dar um pau neles!Haha – O que ta acontecendo?!
Contei tudo pra ele. Saiu tudo meio atropelado, mas acho que ele entendeu.
- Eu acho melhor você ir. Afinal, vai ser pior se ele vier te procurar. E esses aí vão se dar muito mal se eles chegarem pro Mitch de mãos vazias. Se bem o conheço...
Joe e Mitch eram melhores amigos. Mas Joe perdeu a cerimônia (e ainda bem), e só me encontrou dois messes depois ( ainda bem de novo).
- Vocês não estão nem um pouco abismados por terem encontrado um cara que morreu há 67 anos, continua com a mesma idade, e não é mais vampiro!?
- Não. – disse Kurt, como se fosse uma coisa óbvia. Qual é o problema deles?! – Esse cara nos assegurou que você é louca, e corre um risco pra você mesma.
O quê!!? Vampira, nojenta, mentirosa, falsa, ladra, exploradora, coração de pedra, tudo bem , eu agüento. Mas insana não!
Até Joe está falando pra eu ir. Ele nunca diria isso. Ele sabe o vai acontecer, caso eu encontrá-lo. Olhei desapontada pra Joe. Ele entendeu o recado. Seus olhos brilhavacom a luz da lua que entrava pela sacada da sala. Ele mais alto que eu. Maior e mais forte. Seu cabelo é preto e curto. Eu fechei os olhos. Ele sabia o que ia acontecer agora. Ele deu um suspiro, decepcionado. Quando abri de novo, virei vampira. E quando estou transformada, eu não me responsabilizo pelos meus atos.
Chutei o Sam, bem na cara, e joguei Ryan contra o biombo de vidro da sala, e ele caiu desmaiado. O biombo infelizmente quebrou na hora.
- Midori não! – gritou Joe – eles não valem a pena!
- Ei! – disse Kurt indignado com a comparação.
Kurt jogou uma espécie de garfo de churrasco, que tinha os dois dentes afastados e arredondados em formato de U. Prendeu o pescoço do Joe na parede. O garfo estava tão preso que Joe não conseguiu tirá-lo. Mas, pelo menos, não tinha cortado, nem perfurado o pescoço dele. Ele tentou se transformar em vampiro, para ficar mais forte, e me ajudar a acabar com esses pentelhos, mas o garfo tinha um símbolo esculpido no cabo, que aparentemente impedia a transformação.
- Que se dane! Para que serve o serviço de limpeza?!
Agora sobra Kurt, com uma seringa na mão, e Sam desarmado. Kurt correu para cima de mim. Pulei para o teto e me grudei, pés e mãos. Porém eu me esqueci que o Kurt é alto. Ele levantou o braço e enfiou a seringa na minha barriga. Eu caí de lado no chão. Tirei a seringa. Ele não tinha injetado nada. Eu me levantei. Despejei todo o líquido no chão. Kurt ficou assustado. Afinal a única arma que ele tinha em mãos era a seringa. Bom, acho que os três já eram. Joe gritou:
- NÃO!
Sam tinha levantado e pego a faca que Joe tirou da gaveta da cozinha, antes de Kurt demaiá – lo. Virei-me rápido chutei a faca, que ficou presa no teto e peguei o braço dele, dobrando – o para trás.. Ele era forte. Mas eu era mais. Com o meu joelho acertei a barriga. Ele caiu de dor. Andei até as costas de Sam, puxei até ele ficar de pé, e passei o braço em volta do pescoço. Com a outra mão puxei a cabeça do Sam pro lado. Encostei os lábios no pescoço do Sam. Ele era quentinho, e seu coração estava batendo forte (lá vai a tentação).
Ryan e Kurt agora estavam de pé. Parados. Mais um movimento brusco e Sam já era.
- Muito bem... Acalma-se... E me escuta, se você já matou esse cara uma vez, você pode matar de novo, não é?Agora solta o Sammy devagar... Sem pressa. – disse mansinho Ryan.
- Eu não vou com vocês, sinto muito. – eu disse, me contendo para não mordê –lo. Sorte dele, que eu exagerei no jantar.
Sam começou a falar.
- Ele disse que tinha algo que te pertencia.
- Tipo o quê?
- Ele disse que estava com a Emma.
Eu o soltei.

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